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terça-feira, 2 de julho de 2024

Os cem melhores contos brasileiros do século - Ítalo Moriconi (organizador)

Eu sempre amei ler contos. Já com uns 11 anos de idade, meus pais começaram a me dar livros do maravilhoso Luís Fernando Veríssimo, os quais eu devorava. Não vou dizer que entendi todas as entrelinhas, mas o que eu aprendi com esses contos era que a leitura poderia ser muitas coisas, inclusive divertidíssima. 

Meu pai ganhou de presente "Os cem melhores contos brasileiros do século" no ano da sua publicação (2000!) e desde aquela época eu namoro esse tijolão que ficou bastante tempo na mesa de cabeceira dele, até ir para as estantes. Na época, achava que não ia compreender muito bem ou achar chatos os contos mais antigos. Estava certa, não iria entender muito coisa ali mesmo com 13 anos. Principalmente os contos mais controversos, como de Rubem Fonseca, nus e crus, que me fizeram embrulhar o estômago. E alguns contos são bem chatos mesmo.  

Enfim, essa coletânea foi organizada por Ítalo Moriconi. Logo no início ele explica que escolheu os que ele gostava mais mesmo, sem um fundo puramente técnico de qual autor representava melhor a tal qualidade daquele período literário. Logo, há muito espaço para divergir se realmente eram os melhores contos brasileiros do século, pois a escolha foi totalmente pessoal e enviesada. Na minha opinião, faltou comédia e sobrou violência.

Apesar disso, ainda assim Ítalo teve o cuidado de nos contar a evolução dos contos brasileiros ao longo das décadas, de trazer uma ou outra característica mais marcante. Confesso que achei bem interessante ler a respeito e ver na prática esse desenvolvimento da nossa literatura.

De toda forma, essa longa viagem foi uma excelente oportunidade de conhecer autores brasileiros que eu não tive muito contato durante a vida, como Carlos Heitor Cony, Érico Veríssimo, Dalton Trevisan, Moacyr Scliar, Victor Giudice, Caio Fernando Abreu (acreditem, nunca tinha lido e amei) e João Ubaldo Ribeiro. 

Apesar de uns tantos contos chatinhos, valeu muito a pena ler. Quem sabe na virada para o Século XXII alguém não faz uma nova coletânea e eu não esteja lá? Sonhar não custa nada.

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