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terça-feira, 2 de julho de 2024

O livro dos Baltimore - Joël Dicker

"O livros dos Baltimore" de Joël Dicker conta a história dos dois ramos da família Goldman: os de Montclair e os de Baltimore. Marcus é um  Goldman de Montclair, que cresceu com o sentimento de inadequação e insuficiência, comparando o tempo todo seu estilo de vida, seus pais e sua casa com aqueles dos seus primos e tios de Baltimore, extremamente bem sucedidos.

A história começa com Marcus indo visitar um dos seus primos pela última vez, antes que o primo fosse preso. O motivo não é revelado. Ao invés disso, o autor volta vinte anos na história para contextualizar essa prisão. O autor alterna entre acontecimentos do passado e o presente, sempre indo e voltando. Eu devo estar muito amarga hoje, mas esse é um recurso narrativo já bastante usado e, no caso desse livro, por ele voltar em vários pontos do passados distintos, se tornou também um pouco cansativo. 

Nessas voltas, o autor constrói a personalidade de todos os 5 personagens mais proeminentes da trama: Marcus, seus dois primos e tios. Contudo, achei essa construção bastante superficial, onde cada personagem desempenhava apenas um papel (menino brigão, menino estudioso, mulher acolhedora, etc), algo bastante raso e que dificultou que eu me apegasse, ou até mesmo gostasse, de qualquer personagem. Pouco depois, a gente descobre que aquela primeira cena da visita ao primo também é no passado, antes de acontecer O DRAMA. E o que é "o drama"? Também não sabemos, mas sabemos que esse acontecimento mudou os rumos de todos os envolvidos. 

O vocabulário utilizado não é muito rebuscado e não há espaço na leitura para grandes reflexões (tudo é jogado na lata), então a leitura é bastante fácil e fluida. Numa longa viagem de Minas Gerais para o Rio Grande do Sul, li mais de 70% do livro. Então, você vai sendo levado pela leitura, coletando pequenas pistas aqui e ali do que pode ter sido o drama, quem estaria envolvido, tudo o mais. Como o tempo da narrativa muda muito, está sempre acontecendo alguma coisa, em algum dos núcleos de personagem, em algum tempo. Mas a sensação é de que nada se conecta e nada se desenvolve muito profundamente. Não há um crescendo, parece mais um amontoado de fatos.

Lá por volta de 85% do livro, finalmente acontece o tal do drama e, quando ele acontece, você é pego totalmente de surpresa. Não porque é um roteiro muito bem escrito, mas porque é totalmente aleatório. Você não consegue imaginar o drama, pois as parcas informações sobre a personalidade dos personagens não corroboram com os fatos do tal drama. Pareceu totalmente sem sentido, tirado do c* só para chocar. Aí eu terminei o livro na força do ódio, porque eu já tinha lido pra mais de 350 páginas.

Bom, eu não conhecia o autor, fui ler totalmente às cegas. Baixei o livro pois vi  muita gente propagandeando o autor no Twitter e o livro estava de graça. Depois fui procurar saber quem era e vi que até ganhou prêmios literários importantes. Sinceramente, eu achei o livro ruim. Ele te prende a atenção, mas um acidente de carro também prende sua atenção e não é algo bom de ver. Para um ganhador de prêmio, eu esperava algo um pouco mais trabalhado. 

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