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sábado, 3 de dezembro de 2022

Memórias de um sargento de milícias - Manuel Antônio de Almeida

Memórias de um Sargento de Milícias é a primeira de apenas duas obras do autor Manuel Antônio de Almeida, que morreu tragicamente muito jovem num naufrágio. Nesta obra, Manuel narra a vida de Leonardo, filho de imigrantes portugueses no Brasil colônia que se apaixonaram perdidamente no navio vindo da Europa, mas logo que se estabeleceram em solo  brasileiro começaram a vivenciar problemas conjugais. 

Poucos anos se passaram até seu pai descobrir o caso extraconjugal de sua mãe, que aproveitou o ensejo para abandonar filho e marido e fugir no primeiro navio com o amante. O pai de Leonardo, também Leonardo, simplesmente o largou à própria sorte. Vocês imaginem, se em 2022 quando a mãe falece ou vai embora o pai deixa os filhos com os avós, no século XIX não ia ser muito diferente. Vendo a triste situação, o padrinho de Leonardo filho, barbeiro de profissão, resolveu criar o menino como se fosse seu.

O padrinho tinha enorme carinho e amor pelo menino e, por vezes, fazia vista grossa as suas travessuras. Sim, Leonardo era uma criança travessa, mas apenas uma criança. E uma criança que a vida toda ouviu das pessoas a sua volta que ele não tinha futuro e não ia dar em nada. Ouviu tanto que acreditou, uma profecia auto-realizável. Tentou estudar, foi expulso da escola. Tentou ir pro seminário, foi expulso da igreja. Resolveu vagabundear e por aí se encontrou. Até que foi pego pela polícia por vadiagem e, ao invés de ser preso, preferiu ser cooptado pela polícia como sargento de milícias. Ah, esqueci de falar que no meio disso tudo aconteceu um romance morno com uma menina chata que no final o autor tenta nos fazer acreditar que era um grande amor reprimido.

Eu vou ser sincera: ou eu não entendi nada desse livro, ou ele é bem chato mesmo. Não dei uma risada, não me emocionei, não me afligi. Não entendi porque recebeu alcunha de clássico. A obra ainda é salpicada com expressões e termos muito racistas. Ok, é do século XIX e a gente precisa tentar não cair no anacronismo, mas, mesmo assim, ler certas coisas embrulha o estômago. Não recomendo. Vai ler Machado de Assis, pelo amor de Deus. 

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