PROCURE SOBRE UMA HISTÓRIA:

Barra horizontal

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márquez

José Arcádio Buendia , acompanhado de Úrsula Iguarán e seu primeiro filho, José Arcádio, saem da sua vila, Riohacha, com baús e malas e mais alguns conterrâneos e fundam a vila de Macondo, no absoluto meio do nada. Pouco tempo depois, nasce o primeiro habitante oficial de Macondo, filho do casal: Aureliano.   Em alguns anos, a família se completava, com o nascimento de Amarante e a adoção de Rebeca, a menina que comia terra.

A vila de Macondo começou a se civilizar aos poucos e receber visitas de forasteiros, como os ciganos. Um deles, Melquíades, trazia toda sorte de novidades de ciência e tecnologia e uma pitada de misticismo em suas visitas, levando, manuscritos indecifráveis que diziam prever o futuro. Ele e José Arcádio Buendía construíram aos poucos uma relação de extrema admiração e amizade. Com o passar dos anos, a família Buendía vai se desenvolvendo e aumentando, vivendo situações a cada geração mais fantásticas, ao passo em que Macondo sai da alcunha de vila e passa a alcunha de cidade, com a presença de capital estrangeiro, ferrovias, guerras políticas, assassinatos, etc.

Para quem ainda não leu esta obra-prima de Gabriel García Marquez, pode parecer no começo que o autor muda constantemente o foco de qual história contar. O livro parece confuso e a história parece meio sem propósito, não leva a lugar nenhum. Acontece que este livro não é a história de um personagem, mas de uma família e de uma cidade: os Buendías e Macondo. E se você acha que pode ser confuso ter dois personagens com o mesmo nome (pai e filho), levante-se, acalme-se, beba um copo d'água, medite um pouco, porque a coisa piora e muito. 

Sendo a primeira geração composta por José Arcádio Buendía e Úrsula Iguarán, a segunda geração composta por José Arcádio, Aureliano (Coronel Aureliano Buendía), Amarante e Rebeca; a terceira geração composta por Arcádio, Aureliano José e mais 17 Arcádios, todos filhos do Coronel, cada um com uma mulher diferente; a quarta geração composta por Remédios, José Arcádio Segundo, Aureliano Segundo; a quinta geração composta por Amaranta Úrsula, José Arcádio e Renata Remédios e... nossa. Confesso que no meio da leitura, tive que recorrer ao Google para dar uma olhadinha na árvore genealógica da família e me lembrar em qual geração que eu estava. Se for te ajudar, leia numa tacada só. Não pare a leitura no meio. Quando você voltar, vai ter que estudar pra relembrar onde parou.

Este não é um livro com começo, meio e fim definidos. É um livro cujo começo é um fim e no meio existem diversos começos, meios, começos, meios, começos meios e um fim que é um começo.  Você deve aproveitar a jornada, não ser um leitor ansioso pelo final e pelo desenrolar da história. A cada micro-universo, absorver aquele personagem, sua história, seus ensinamentos, as metáforas maravilhosas que Gabriel nos presenteia. Aliás, são quase 400 páginas na edição publicada pelo jornal O Globo desta obra maravilhosa.

Se vale a pena? MUITO! É de uma escrita fantástica, poética e uma tradução lindíssima. 

0 comentários:

Postar um comentário

O blog continua com a sua opinião.

Já conhecia o livro? O que achou dele?

Não tinha ouvido falar desse título ainda? Deu vontade de ler, certo?

Deixe seu comentário, isso faz o blog viver!

____________________________________________

Queremos uma interação maior com nossos leitores, por isso não aceitamos mais comentários anônimos.

Clique em increver-se por e-mail, assim será avisado sempre que um comentário for deixado na postagem. Uma pode ser a resposta para você.

Se quiser entrar em contato de maneira mais rápida, vá ao nosso Formulário de Contato.

Para parcerias leia aqui antes.