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domingo, 12 de junho de 2011

Quarto - Emma Donoghue

"Quarto" ficou na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos durante algumas boas semanas. Não tinha me convencido naquela época, mas, quanto mais tempo ele continuava naquela lista, mais eu me convencia de que ele tinha que passar pela minha cabeceira, nem que fosse para eu dizer que não tinha gostado e pronto. Acontece que o livro tem muito mais pontos bons do que ruins, e, por isso, não me arrependi de ter lido. Nem morri de amores por ele. O problema é que a sinopse dele se parece muito com a de outro lançamento, de não-ficção, e a minha queda por biografias é maior do que por livros que "parecem" biografias.

Sem querer complicar, melhor falar logo sobre a sinopse. "Quarto" conta a história, do ponto de vista de uma criança de cinco anos, de uma mulher e seu filho, o narrador, que moram no porão da casa de um velho raptor. Alguma semelhança? Pois foi justo a lembrança muito viva da história de Natasha Kampusch, a menina austríaca que foi sequestrada e morou anos dentro de um cativeiro, que me fez torcer o nariz à primeira vista. Isso, e o fato de que o livro da própria Natasha, "3.096 dias", estava à venda no mesmo período. Fiquei com medo de oportunismo no ar.

Comecei a ler mesmo assim. O livro é dividido em três partes e a primeira delas realmente parece um romance baseado na vida da austríaca. O fato de ser narrado por um menino de cinco anos deixa a trama melhor nas primeiras páginas e incrívelmente pior depois de alguns capítulos, porque ele acaba se tornando chato e repetitivo - o que eu acabei achando que era realmente a proposta: te irritar tanto quanto a mãe estava irritada de ficar dentro daquele mesmo cômodo por tantos anos.

A segunda parte do livro é a da tentativa de fuga, quando você percebe o quão despreparados eles estão para tentar enganar o dono da casa. O terceiro eu já não posso contar, mas prometo que o segundo e terceiro capítulo melhoram muito, já que conseguem fugir da história da Natasha e criarem vidas próprias.

Teve partes irrirantes, engraçadas, tristes, divertidas e tudo mais. Não é o melhor livro que eu já li no ano, mas definitivamente tinha que ser lido e, no fim, valeu muito a pena.

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