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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Palácio de Inverno - John Boyne

Não preciso nem dizer o quanto a capa desse livro influenciou na minha compra, mas não foi só isso. "O Palácio de Inverno" (The House of Special Purpose), de John Boyne, já estava na minha lista de livros a serem lidos desde o lançamento. Isso porque John Boyne é autor de outros dois que eu já havia lido: "O Menino do Pijama Listrado", uma boa surpresa quando li pela primeira vez, e "O Garoto do Convés", um dos melhores lançamentos de 2009, que eu definitivamente não queria que terminasse nunca. "O Palácio de Inverno" seguiu a linha do segundo, eu não queria que acabasse nunca. Mesmo assim, Boyne provou ser capaz de escrever livros completamente diferentes e igualmente bons.

O que os três livros têm em comum é a presença de fatos históricos reais: o nazismo na Alemanha, em "O Menino do Pijama Listrado", as grandes navegações do capitão Cook, em "O Garoto do Convés", e, agora, a Revolução Russa, nesse último romance. A ideia é sempre colocar os personagens desconhecidos como seres que influenciaram em alguma parte da história como conhecemos hoje.

Nesse, que eu acabei de ler, ele conta a história de Geórgui, um jovem que, por um incidente infeliz, deixa de ser um simples filho de camponês para se tornar guarda-costas do futuro czar da Rússia, ainda mais novo que ele. Geórgui deixa a família para trás e integra essa nova família de nobres, embora como criado, e se afeiçoa a eles em plena revolução, enquanto o país tenta acabar com o poder dos Romanov.

A história é contada em flashbacks, um capítulo durante a juventude do personagem principal e outro durante a sua velhice, já depois de muitos anos de casado, exilado na Europa, depois de perder uma filha em um acidente e prestes a perder a esposa para uma doença degenerativa. O suspense do livro é criado justamente por causa desses flashbacks, mas acaba não sendo tão suspense assim. Qualquer um com um mínimo de criatividade vai entender onde o livro vai chegar ainda na metade dele, o que não tira de modo algum o prazer da leitura. Boyne escreve livros como um roteiro de cinema, e você fica até a última página só para ver se a sua teoria vai se concretizar e torcendo para o final feliz de todos os envolvidos.

John  Boyne foi uma boa surpresa com o primeiro livro que eu li, me conquistou com o segundo e garantiu o seu posto com mais essa obra. É entretenimento garantido, com pontadas de história e uma ótima escrita. No site dele, encontrei mais oito livros do mesmo autor, mas nenhum deles ainda é vendido por aqui (encontrei a versão em inglês, mas o prazo de entrega é geralmente muito grande). Infelizmente, acho que ele ainda vai ter que vender alguns milhões de exemplares para que os livros antigos cheguem até as nossas livrarias.

1 comentários:

Elisandra Eccher de Andrade disse... [Responder comentário]

Virei fã do autor depois de ler O menino de pijama listrado, estou louca para adquirir esses outros dois que voce citou. Gostei tanto do livro quanto do filme do O menino de pijama listrado.
Adorei a resenha...beijokas elis!!

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