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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O senhor das moscas - William Golding

Um avião cheio de crianças e adolescentes cai em uma ilha aparentemente deserta. Nem o piloto e nenhum adulto sobrevivem ao acidente e as crianças são deixadas à própria sorte na ilha. "O senhor das moscas", de William Golding, foi recusado por várias editoras, mas acabou publicado e ganhou o Nobel de Literatura em 1983. Com cara de livro infantil, "O senhor das moscas" tem nuances de nazismo, guerra, bullying, violência e morte.

Sem uma política já implementada, a primeira coisa que as crianças decidem fazer é criar uma sociedade, eleger um líder, criar regras e meios de fazer com que todos obedeçam. Tudo muito civilizado, com a ilha sendo controlada pelos líderes natos e com a ajuda de uma concha, símbolo da civilidade dos meninos ingleses - para falar, era preciso estar em posse da concha, que também era usada para convocar reuniões.

O maior medo de Ralph, eleito líder no primeiro dia na ilha, era que eles se tornassem selvagens, deixando seus costumes e cultura para trás. O foco deveria ser fazer fogo, para que a fumaça chamasse a atenção de algum navio ou avião, além de se manterem vivos até o iminente resgate. A selvageria, no entanto, acaba acontecendo quando o medo de um suposto "bicho" na ilha e a vontade da caça leva parte dos meninos a abandonarem a razão. Surge então um grupo dissidente e rival, que coloca as crianças umas contra as outras, causando cada vez mais mortes sob o pretexto do tal "bicho", que ninguém tem certeza do que é.

Os meninos da facção rival se mostram altamente selvagens, pintam o rosto, vivem para a caça de porcos, que habitam a ilha, e para as festas que sucedem a matança. Vivem sobre uma forte hierarquia de um líder único que tem o poder de mandar matar ou deixar viver.

A parte mais interessante do livro é como William Golding constrói a realidade humana, ignorando a bondade como característica do ser, e colocando a maldade, a rivalidade e as ambições como personalidades humanas que serão fatalmente desenvolvidas mesmo em uma ilha deserta, sem nenhum estímulo externo. O que acontece antes ou depois da ilha pouco importa para a narrativa, o que importa é como (e quantos) vão se manter vivos até que "o fim" chegue. "O senhor das moscas" chegou a virar filme em 1990.

3 comentários:

Raquel M. Linhares disse... [Responder comentário]

Nossa!!! Parece ser muito legal!!! E percebi uma certa semelhança de Lost nesse enredo, heim! Será??

Magno Ivo disse... [Responder comentário]

Nossa deu vontade de ler agora mesmo, adoro livros "horripilantes" e que dilaceram os transtornos da psiquê humana. Parabéns pelo texto e pelo blog, grande trabalho!

Hazel Burke disse... [Responder comentário]

O enredo é parecido com Lost, ao mesmo tempo que é tão diferente. Os transtornos da mente humana são fortemente abordados no livro, mas não de uma forma chata, na verdade, para mim, a leitura foi rápida e super divertida. Eu adorei o livro e recomendo mesmo!

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