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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Into the Wild (Na Natureza Selvagem) - Jon Krakauer

Estou lendo um livro agora que me lembra muito outro que li uns anos atrás: "Into the Wild", ou, na tradução, "Na Natureza Selvagem". Enquanto eu não termino o atual, aproveito para falar desse outro! Acho que nem preciso falar que escolhi este livro pela capa, mas não foi só isso. Antes de conhecer o livro, conheci a foto da capa, que é foto principal do filme que veio depois. Por isso, foi a foto do filme e a vontade de assisti-lo que me levou ao livro - já que eu precisava ler antes de assistir à versão para o cinema! Naquela época ele não era fácil de encontrar, por isso, aproveitei uma viagem e comprei o pocket book em inglês - justamente a versão com a capa linda do filme (essa ao lado)!

Para começar, "Into the Wild" é uma história real. O livro em si é o que se chama de jornalismo literário, escrito pelo jornalista Jon Krakauer. Ele conta a história de Christopher McCandless, um jovem de 24 anos que abandona a própria vida para ir em busca da tal natureza selvagem rumo ao Alasca. Ele se gradua para satisfazer os pais, recebe o diploma e simplesmente some do mapa, o que demora a ser notado, já que ele vivia sem telefone ou companheiros de quarto. Ele vende o apartamento e doa todo o dinheiro guardado durante a faculdade para uma instituição antes de sumir.

De carona em carona, Christopher cruza os Estados Unidos acumulando amigos, conhecimento, trabalhos temporários e dinheiro temporário suficiente para chegar ao Alasca, onde viveria imerso na natureza e longe do consumismo e da "mentira" da sociedade em que vivia - embasado por uma série de escritores que menciona o tempo todo. Todas as informações do livro foram conseguidas com as pessoas que encontraram Christopher pelo caminho, alguns caminhoneiros e nômades, além do diário que ele manteve durante a viagem.

Antes que vocês reclamem do pseudo-spoiler que vem a seguir, aviso logo que isso não será nenhuma novidade, já que é fato conhecido desde o início do livro (e desde antes disso para quem conheceu a história real do menino): três meses depois de finalmente chegar ao Alasca, Christopher morreu e foi encontrado dentro do ônibus, onde morou os últimos meses de sua vida e que agora ilustra a capa do livro. A morte, em si, é parte relativamente pequena do livro em comparação à trajetória dele até realmente chegar ao Alasca e as razões que levaram a sua morte, que transitam entre fome ou envenenamento por ter ingerido alguma planta venenosa.

O livro é muito mais visual do que aventuresco, o que justifica bem o fato de ter virado um filme, entretanto, por esse motivo mesmo, é bem parado, e muito mais interessante do que divertido, já que analisa o tempo todo as causas de uma morte real. O filme segue a mesma linha: passa grande parte do tempo em silêncio, mas com imagens tão lindas quanto a da capa (a fotografia do filme é sensacional). Foi indicado em 2008 ao Oscar de Melhor Edição e Melhor Ator Coadjuvante.

Posso não ter convencido alguns de vocês, mas eu me senti muito tentada a ler assim que vi a capa e soube da história misteriosa do menino que sumiu no mundo com as únicas palavras "I now walk into the wild". No fim, a discussão é se ele realmente foi vencido pela natureza ou fez toda essa extravagância sabendo que estava indo em direção à própria morte. Optei pela primeira alternativa: Christopher tinha mais coragem do que conhecimento sobre o distante estado do Alasca.

5 comentários:

Riva Telari disse... [Responder comentário]

Este livro é muito bom, mas como eu sempre falo, é o único caso (para mim) em que o filme supera o livro. Apesar que a minha opinião não serve de base, pois li o livro depois do filme.

www.piordonadecasa.blogspot.com

Pedro Dal Bó disse... [Responder comentário]

@Livia Terra

Eu sempre tento não ler o livro depois de ver o filme. Faço muita força para ler o livro antes.

Depois de ver o filme, fica difícil não usar as imagens do filme como molde para minha imaginação. Acho que isso dificulta aproveitar a história escrita.

Raquel M. Linhares disse... [Responder comentário]

Também sou somo o Bob. Procuro não ver o file antes pra poder criar os personagens e os cenários na minha cabeça.

Esse me pareceu um filme similar ao do Che Guevara "O Diário de Motocicletas". Acho que pelo fato de eu não me interessar muito em história e toda essa coisa de política, achei o filme lindo e chato.

Carol Jardim disse... [Responder comentário]

Sim! Eu também! por isso mesmo que tive que correr para ler o livro antes que o filme chegasse ao Brasil, para não ficar com vontade de ver o filme antes.

O filme é melhor por causa da fotografia, mas falta muita informação que só tem no livro. E sim (Raquel), ele lembra Diários de Motocicleta sim! Mas eu não achei este último chato.. =/

Riva Telari disse... [Responder comentário]

@Pedro
Sim, /pedro, eu também costumo fazer isso... Mas o caso deste filme foi que o filme teve mais repercussão que o filme, então eu soube primeiro do filme, depois do livro. Depois de assistir o filme realmente é difícil tentar imaginar um enredo diferente do filmado...

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