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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sobre Histórias de Fadas - J. R. R. Tolkien

Este é um livro bem diferente dos que eu costumo ler. Principalmente pelo seu conteúdo.

Explico.

O livro é dividido em duas partes. A primeira é um ensaio de Tolkien entitulado Sobre Histórias de Fadas.

Nesse texto Tolkien fala sobre o que para ele são contos de fadas, quais as características que um texto desse deve ter e o que ele não deve ter.

Outra preocupação de Tolkien aqui é mostrar que Contos de Fadas não precisam e nem devem ser apenas histórias para serem contadas ao pé da cama para crianças. Histórias de Fadas devem, sim, serer escritas também para adultos.

Devo ser sincero e dizer que não consegui concluir a leitura da primeira parte do livro. Isso por que o Ensaio em vários momentos, se não o tempo todo, trás referências a obras e autores que não tenho nenhum conhecimento. Tirando Shakespeare, Carroll ou Grimm.

Existem termos sobre o "Belo Reino", pelo que eu pude entender é o Mundo das Fadas, e também  indicações de conceitos literários que para mim são desconhecidos totalmente, coisa que dificultou e muito a leitura do ensaio. Precisaria primeiramente me ater a conhecer todo essa teoria literária para depois poder ler o ensaio com o devido merecimento.

Mas é um texto que recomendo para quem quer descobrir as influências que Tolkien teve e suas aspirações para que um dia O Senhor dos Anéis surgisse.

A segunda parte do livro é um conto. O Folha por Niggle, que está no livro por ser um exemplo de um conto de fadas diferente do que estamos aconstumados e fomos apresentados na infância. Isso pelo menos é o que diz a maioria das críticas que li sobre o livro. Mas vamos à história.

O conto fala sobre Niggle, um pintor que vive a resmungar, mas que tem um bom coração. Niggle não é nenhum gênio da pintura e ninguém em seu vilarejo valoriza sua arte. E me passou a impressão de que até mesmo ele não valoriza muito...

Ele mora longe da vila a qual pertence e tem um vizinho, Parish, que em vários momentos aparece para "atrapalhar", mas de certa forma é ele que mantem Niggle em atividade, pois Niggle sempre se mostra com pouca vontade de fazer as coisas.

Acontece que Niggle começa a pintar um quadro de uma árvore e no meio do processo ele se vê obrigado a fazer uma viagem, o lugar não nos é dito, digamos que forçosamente. Niggle vai, e aí que me parece que a coisa toda vira o que para Tolkien é também um Conto de Fadas.

Niggle fica num lugar que mais parece uma clínica, onde sempre ouve duas vozes conversando sobre ele. Lá Niggle faz várias atividades até que seus "médicos" entram nun consenso de que ele pode partir novamente.

Niggle pega um trem de volta, o mesmo que pegou para ir. Só que não volta para casa. Ele é deixado num campo. Depois de algum tempo ele descobre que esse lugar é exatamente seu quadro, e está do mesmo jeito que ele o iumaginará, até mesmo os pontos que não havia pintado ainda.

Parish aparece para ajudar Niggle a terminar "a pintura", muito tempo se passa e quando terminam começam a caminar em direção para as montanhas. Lá encontram um guia e com ele Niggle vai em direção das montanhas.

Parish fica a espera de sua esposa, de alguma maneira ele a chama, assim como Niggle fizera com Parish. E a história termina.

Sei que tudo isso parece estranho, mas agrada muito na leitura. É uma história que me mostrou o valor que todos temos na vida de cada um que nos cerca e com certeza muitas vezes não percebemos isso. Eu mesmo me perdi muitas vezes no início, pois a história é "jogada" para nós meio que do nada e poucas coisas são esclarecidas. Como onde Niggle foi, a época e o local em que a história se passa... Mas imagino que se eu lesse todo o ensaio e o entendesse, vários fatores me seriam mais claros.

A leitura do ensaio é muito mais difícil e pelo preço acho que poucos comprariam apenas para ler um pequeno conto "perdido no tempo", mas se você conhecer alguém que tenha o livro, peça emprestado e leia. Não se arrependerá, tenho certeza.

Bom, ficarei por aqui. Espero que tenham gostado.

Abraços a todos

E boa leitura.

8 comentários:

Anônimo disse... [Responder comentário]

Vou ter que ler isto .
Pedro.
Vou linkar seu post no meu blog.

Thyoga disse... [Responder comentário]

Olá!
Eu não li Senhor dos Anéis inteiro, mas já li Roverandom. É muito legal, e de fácil leitura.
Falando sobre conto de fadas alternativos, me lembrei de um livro que a J.K. Rowling(Harry Potter) escreveu esse ano que contém contos de fadas de bruxos. São bem interessantes e não são de estilo clássico como os de Grimm. Ainda não sei se a Rocco vai trazer para o Brasil, mas espero que sim.
Gostei do blog.
Abraços!

Flá Romani... disse... [Responder comentário]

Poxa.... me fez pensar que nunca lí nem o Senhor dos Anéis, e gostaria MUITOOOOOO.....

Daniel P. Tavares disse... [Responder comentário]

Concerteza vale a pena, apesar de nao ter lido. Tenho a coleção "O Senhor dos Aneis", de Tolkien, que pretendo ler este ano. Estou terminando de ler "As Crônicas de Nárnia", de CS Lewis, que é fantástica e recomendo. Os contos de fadas abrem a nossa mente para as coisas simples e essenciais da vida, que no "mundo real" nos esquecemos. Vale a pena ler contos de fadas, ainda mais de grandes escritores como Tolkien e Lewis.

Quanto a este livro, "Sobre contos de fadas", se souber onde vende me avise, porque nao encontro.

Abração e que Aslam nos protejam!

\o

Pedro Dal Bó disse... [Responder comentário]

Olá Daniel,

Se quiser comprar pela internet segue um link onde você encontra o livro.

http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ESTRUTN1=0301&ORDEMN2=E&PALAVRASN1=sobre+hist%F3rias+de+fadas&image2.x=24&image2.y=13&ORDEMN2=E&FILTRON1=X

Não tenha dúvida de que são autores fantásticos e possuem ótimos livros.

Unknown disse... [Responder comentário]
Este comentário foi removido pelo autor.
Filipe disse... [Responder comentário]
Este comentário foi removido pelo autor.
Filipe disse... [Responder comentário]

Terminei de ler a obra Sobre histórias de fadas de Tolkien, a poucos dias, e concordo que o ensaio é complicado de entender, mas também existem partes de simples compreensão e neles dá para ver varios pontos que nos ajudam a entender o por que do livro O Senhor dos Aneis, O Silmarillion, dentre outros são tão ricos de detalhes, o que nos ajuda a opinar contra aqueles que reclamam tanto do "preciosismo" do escritor. O conto achei bem interessante, se bem que provavelmente uma segunda leitura(pelo menos) me sera quase que obrigatória para apreciá-la de verdade.

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